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Gavião-belo Busarellus nigricollis (Latham, 1790)
Gavião piscívoro, pode ser observado pousado às margens de rios, lagos, banhados, pântanos e manguezais. De porte médio é facilmente identificado pela plumagem marrom-ferrugínea contrastada com a cabeça branca e colar negro na garganta. Conhecido também como gavião-lavadeira, gavião-velho, gavião-panema e gavião-balaio.
Dieta e comportamento de caça: Alimenta-se principalmente peixes; eventualmente pode capturar filhotes de aves, insetos, anfíbios, caramujos aquáticos e até filhotes de jacarés (Andrade et al. 2001, Antas 2005). Permanece pousado em poleiros tradicionais durante longas horas à espera de uma oportunidade de caça. Quando observa movimentos de peixes próximos à superfície, voa rapidamente até o local e o captura com as garras, que são providos de unhas finas e formações como pequenos espinhos na planta dos dedos, auxiliando na captura. Reprodução: Constrói ninho de gravetos secos em formato de plataforma, em alturas que variam de 12 e 15 m do solo, normalmente usando árvores em manguezais ou na borda de pântanos. Coloca um único ovo branco-acinzentado com manchas marrons. Na época de reprodução realiza uma série de voos acrobáticos, com muitas subidas e descidas pelo céu. Nesses rituais, o macho costuma realizar voos picados e ficar de cabeça para baixo, sob a fêmea, com as duas aves tocando as garras (Sick 1997, Antas 2005). Distribuição e subespécies: Presente em quase todo o Brasil e também do México à Argentina. São conhecidas duas subespécies: B. n. nigricollis: centro e sul do México indo até América Central, leste da Bolívia e por quase todo o Brasil. B. n. leucocephalus: Paraguai, Uruguai, norte da Argentina (Salta, Santa Fé, Corrientes) e parte do Brasil (pantanal e extremo sul). Habitat e comportamento: Geralmente sua ocorrência está associada à presença de extensos banhados, pântanos, campos inundados e manguezais, já que sua dieta consiste basicamente de peixes de água doce. Pesca durante todo o dia, mesmo nas horas quentes, ficando no poleiro exposto, aguardando uma oportunidade de pesca. No final da tarde, voa para uma árvore alta, próxima ou não, para passar a noite. Além desses voos matutinos e vespertinos, pode ser notado planando nas correntes de ar quente ascendente, alcançando grandes alturas. Intrusos na área de pesca são denunciados pelo chamado forte e curto, como se fosse uma tossida rápida. Movimentos: Espécie residente. Bildstein (2006) considera o gavião-belo com um migrante local, provavelmente em resposta às condições da água.
:: Página editada por: Willian Menq em Fev/2019. ::
Referências: Antas, P. T. Z. (2005) Aves do Pantanal. RPPN: Sesc. Amaral, C. (2002). Ocorrência do gavião-belo (Busarellus nigricollis) no estado de Santa Catarina. Ararajuba. 245-246. Andrade M.Â., E.B. Leite & Carvalho, C. E. A. (2001) Predação de jovem do jacaré-do-pantanal (Caiman yacare) pelo gavião-padre (Busarellus nigricollis) no Pantanal Sul-Matogrosensse, Brasil: um registro fotográfico. Tangara 1 (2):88-89. Ferguson-Lees, J. & D. A. Christie (2001) Raptors of the World. New York: Houghton Mifflin Company. Sick, H. (1997) Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. Site associado: Global Raptor Information Network
Menq, W. (2019) Gavião-belo (Busarellus nigricollis) - Aves de Rapina Brasil. Disponível em: < http://www.avesderapinabrasil.com/busarellus_nigricollis.htm > Acesso em:
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