Corujinha-relógio Megascops usta (Sclater, 1858)
Ordem: Strigiformes | Família: Strigidae | Monotípica
Indivíduo adulto. Foto: Publio Rodrigues |
Corujinha endêmica da floresta amazônica, substitui a corujinha-orelhuda (Megascops watsonii) ao sul do Rio Amazonas. É noturna, às vezes começa a vocalizar ainda no crepúsculo. Sua dieta consiste basicamente de insetos, como gafanhotos, mariposas e besouros.
Descrição: Coruja pequena, mede de 23-24 cm de comprimento, peso de 115-141 g. Possui íris que varia do castanho ao marrom-alaranjado (âmbar), na face destaca-se penas em forma de "bigodes" próximos ao bico, além de pequenos tufos de penas no alto da cabeça; tarsos são emplumados até a base dos dedos. Há muitas variações indivíduais na plumagem, de forma geral, são conhecidos dois padrões de coloração da plumagem: forma cinzenta e ferrugínea. Na forma cinzenta, a ave possui o dorso marrom-escuro, ventre claro com estrias escuras sobre finos barrados transversais. Na forma ferrugínea, a ave apresenta dorso marrom-avermelhado, com ventre castanho.
Vocalização: Sua vocalização é um distinto “uoo-uoo-uoo-uoo…".
Espécies-similares: Pode ser confundida com a corujinha-do-mato (M. choliba), na qual é simpátrica em algumas regiões, diferenciando-se pela íris marrom-alarajada (na M. choliba a íris é amarelo-brilhante). Assim como suas congêneres, a forma mais segura de identificar a espécie é através da vocalização.
Dieta e comportamento de caça: Dados desconhecidos, provavelmente caça insetos como gafanhotos, mariposas e besouros no alto das árvores.
Reprodução: As únicas informações reprodutivas disponíveis são de Souza & Guilherme (2013). Os autores localizaram o ninho em uma palmeira morta (Bactris gasipaes; Arecaceae), a dois metros do solo, no Acre. O ninho continha um ninhego de aproximadamente dois dias, que saiu do local com aproximadamente 4 semanas de vida.
Distribuição Geográfica: Ocorre ao sul da bacia amazônica (oeste do Peru, norte da Bolívia, sul do Amazonas e Pará, Acre até o norte do Mato Grosso).
Habitat e comportamento: Encontrada em florestas e várzeas, geralmente habitando o interior da floresta. É endêmica da floresta amazônica, substitui a corujinha-orelhuda (Megascops watsonii) ao sul do Rio Amazonas. É noturna, às vezes começa a vocalizar ainda no crepúsculo.
Movimentos: Espécie residente.
:: Página editada por: Willian Menq em Fev/2018. ::
Referências:
Barros, O. G. & Cintra, R. (2009) The effects of forest structure on occurrence and abundance of three owl species (Aves: Strigidae) in the Central Amazon forest. Zoologia, vol. 26, n. 1, p. 85-96.
Borges, S. H., Henriques, L. M. & Carvalhaes, A. (2004) Density and habitat use by owls in two Amazonian forest types. Journal of Field Ornithology, vol. 75 (2), p. 176-182.
Holt, D.W., Berkley, R., Deppe, C., Enríquez Rocha, P., Petersen, J.L., Rangel Salazar, J.L., Segars, K.P., Wood, K.L. & de Juana, E. (2016). Tawny-bellied Screech-owl (Megascops watsonii). In: del Hoyo, J., Elliott, A., Sargatal, J., Christie, D.A. & de Juana, E. (eds.). Handbook of the Birds of the World Alive. Lynx Edicions, Barcelona. (retrieved from http://www.hbw.com/node/54993 on 5 November 2016).
Konig, C. & Weick, F. (2008) Owls of the world. Segunda Edição. New Haven, Connecticut: Yale
University Press.
Souza, I. R. & Guilherme, E. (2013) First record of nesting behavior in the Austral Screech-Owl (Megascops usta) in an urban forest fragment in eastern Acre, Brazil. Atualidades Ornitológicas v. 173, p. 24.
Citação recomendada:
Menq, W. (2018) Corujinha-relógio (Megascops usta) - Aves de Rapina Brasil. Disponível em: < http://www.avesderapinabrasil.com/megascops_usta.htm > Acesso em:
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