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Gaviãozinho Gampsonyx swainsonii (Virgors, 1825)
Ordem: Accipitriformes | Família: Accipitridae | Politípica (3 subespécies)


Indivíduo adulto. Foto: Fabyano Costa.

É o menor rapinante diurno que ocorre no Brasil, encontrado em praticamente todo o país, geralmente associado a áreas campestres e borda de matas. Gosta de ficar empoleirado à espreita de suas presas, captura principalmente lagartos e pequenas aves. Também conhecido como gavião cri-cri.


Descrição:
Mede de 20-28 cm de comprimento, peso de 94-98 g (macho) e 95-102 g (fêmea) (Bierregard & Kirwan 2013). Sua plumagem é branca predominante, dorso cinza escuro, região frontal da cabeça e laterais próximos aos olhos de cor creme-amarelado, penas primárias e secundárias com pontas brancas. Os tarsos e os dedos são amarelos, e o bico e cera são cinzas; íris varia do castanho ao vermelho.

Taxonomia: Décadas atrás, G. swainsonii era classificado na família Falconidae, relacionada com os gêneros Polihierax Spiziateryx. No entanto, evidências osteológicas, genéticas e padrão de muda da plumagem, reclassificou a espécie na família Accipitridae, relacionada aos gêneros Elanus e Elanoides (Sick, 1997; Márquez et al. 2005).

Dieta e comportamento de caça: Caça principalmente lagartos e pequenas aves. Em menor frequência, insetos, roedores e outros pequenos animais. Caça a partir de um poleiro; pousa no alto de postes e árvores de onde espreita suas presas.

Reprodução: Constrói o ninho com gravetos, semelhante a uma plataforma, localizado entre 4 e 7 m de altura; macho e fêmea participam da construção do ninho. Coloca 3 ovos que são incubados por 34-35 dias. Raramente aproveita o mesmo ninho.

Distribuição Geográfica e subespécies: Ocorre do Nicarágua até o Paraguai, Argentina, incluindo todo o Brasil. São conhecidas três subespécies:

G. s. leonae: Nicarágua e El Salvador até Venezuela, Guianas e Brasil (porção norte da bacia amazônica).

G. s. magnus: oeste da Colômbia, Equador e norte do Peru.

G. s. swainsonii: Brasil ao sul do rio Amazonas, até o leste do Peru, Bolívia, Paraguai e norte da Argentina.

Habitat e comportamento: Vive em beiras de rios e lagos, campos com árvores esparsas e em algumas áreas urbanas, especialmente no entorno de cidades. Pode ser observado planando a grande altura ou empoleirado em fios de eletricidade, postes e árvores a espera de alguma presa. Está expandindo sua população ao sul, com novos registros no oeste de Santa Catarina e Rio Grande do Sul em áreas de pastagens e cultivo (Gwynne et al. 2010).

Movimentos: Espécie residente.


:: Página editada por: Willian Menq em Jan/2019. ::



Referências:

Del Hoyo, J. & Sargatal, J. (1994) Handbook of the birds of the world v. 9. Barcelona: Lynx Edicions.

Ffrench, R.P. (1982) The breeding of the Pearl Kite in Trinidad. Living Bird 19:121-131.

Gwynne, J. A.; Ridgely, R. S.; Tudor, G. & Argel, M. (2010). Aves do Brasil - Pantanal & Cerrado. Editora Belo Horizonte.

Márquez, C., Gast, F., Vanegas, V. & M. Bechard. (2005) Aves Rapaces Diurnas de Colombia. Bogotá: Instituto de Investigación de Recursos Biológicos Alexander von Humboldt. 394 p

Sick, H. (1997) Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro. Nova Fronteira

Site associado: Global Raptor Information Network



Citação recomendada:

Menq, W. (2019) Gaviãozinho (Gampsonyx swainsonii) - Aves de Rapina Brasil. Disponível em: < http://www.avesderapinabrasil.com/gampsonyx_swainsonii.htm > Acesso em: .



 
 

Distribuição Geográfica:

Status: (LC) Baixo risco

Chamado - (gravação: Mauricio Cabral
Periquito
) by: Xeno-canto.




Individuo predando um lagarto. Quirinópolis/GO, Jan 2011.
Foto:
Douglas Oliveira
 

Indivíduo adulto predando
pardal. Peabiru/PR, Out. 2015.
Foto: Willian Menq
 

Indivíduo adulto.
Rio Verde/GO, Julho de 2012.
Foto:
Fábio Rocha Pina
 

Individuo predando lagarto.
Caxias/MA, Outubro de 2010.
Foto:
Firmino Filho
 

Jovens no ninho.
Anápolis/GO, Outubro de 2015.
Foto:
Kennedy Borges-Road
 

Casal adulto.
Maringá/PR, Março de 2015.
Foto:
Jessica M. Nascimento Menq